quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Gaffel Kölsch

Colonia teve inicio de sua história cervejeira na Idade Média. A primeira prova escrita de uma cerveja em Colonia foi encontrada no cadastro imobiliário do município de Niederich por volta do ano 1170. A menção é feita sobre uma casa que foi vendida a "Ezelin bruere" (Ezelin, a cerveja). A partir desta data, os nomes dos fabricantes de cerveja e cervejarias apareceram diversas vezes nos registros.

No ano de 1302 a empresa cervejeira "Zum Leysten" foi fundada na Rua Eigelstein, onde fica hoje a Pravatbrauerei Gaffel Becker e Cia, fabricante da Gaffel Kölsch. Na Idade Média, Eigelstein tornou-se então uma das ruas com maior concentração de cervejarias em Colonia. Isto pode ter sido, devido ao grande número de alunos estudando no vizinho "Bursen" (antigo nome alemão para instituto de estudos).
A cervejaria "Zum Leysten", que foi inscrita no cadastro imobiliário como Braxatoria Supra Monticulum (A cervejaria acima do monte), há 700 anos atrás, ficava localizada exatamente onde a Gaffel é hoje. A existência de uma fábrica de cerveja neste endereço é comprovada pelo fato de a casa ter sido identificada como uma fábrica de malte num velho mapa da cidade. "Zum Leysten" foi a primeira cervejaria ali, em uma constante expansão da indústria cervejeira a cerca da Rua Eigelstein, um total de 18 cervejarias foram registradas nas imediações no ano de 1838.

Houve 44 cervejarias nas proximidades, incluindo as áreas circundantes, St. Kunibert, Santa Ursula, Rua Johannis, Rua Maximinen e Rua Marzellen. Apesar das fábricas de cerveja terem crescido mais que a população estudantil, o quadro mantém-se inalterado. Várias das cervejarias têm sobrevivido também como restaurantes.

As cervejarias de Colonia acordaram em 6 de março de 1986 que para proteger a identidade da Kölsch na Alemanha, só em Colônia poderia ser produzida a Kölsch. A “Convenção Kölsch” foi assinada pelos Conselheiros de 24 cervejarias produtoras do estilo, com a benção do então Presidente da Câmara de Colônia, Norbert Burger.

Este documento, que é único na indústria cervejeira alemã, baseia-se em parte a uma decisão judicial de 1980. A sentença determinou que Kölsch não é apenas um estilo de cerveja, mas também uma denominação de origem. De acordo com este documento, Kölsch só pode ser fabricada e “vendida” pelos fabricantes em Colonia, com exceção das cervejarias que já produziam o estilo há muitos anos, embora não tenham sido ou não são mais residentes em Colonia.

As orientações especificam como deve ser o estilo, fermentação, cor, paladar e claro seguir a Lei da Pureza Alemã de 1516. Além disso, a cerveja tem que ser servida exclusivamente no tradicional copo Kölsch que é alto e cilíndrico. A denominação de origem "Kölsch" também deve ser claramente visível em todas as apresentações externas, que inclui recipientes, embalagens e materiais comerciais. Tive a oportunidade de degustar este belo exemplar do estilo, abaixo impressões:

Cerveja: Gaffel
Apresentação: Garrafa 330ml.
Tipo: Kölsch
Álcool: 4,8%
Cor: Dourado intenso, brilhante, limpa.
Espuma: Média formação, duradoura.
Aroma: Pão, malte, lúpulo, leves notas frutadas.
Paladar: Médio corpo, pão, malte, leve adocicado, sensação residual agradavelmente amarga.
Comentário: Bom exemplar, possui boa carbonatação, começa com toques adocicados, para terminar com um agradável amargor, deixando marcas no paladar após degusta-la.

Aonde:
Cervejas.net
Stuttgart Importadora.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Bier Tour III

Irá acontecer a 3º edição do Bier Tour, organizado pelo André Planinz aqui de Blumenau, e com a promoção da AICCA, em suas edições anteriores já puderam participar pessoas de várias regiões de SC e de outros Estados, nesta terceira edição há uma renovação no roteiro, foram inclusas no roteiro as cervejarias de Curitiba, a mais nova que é a Gauden Bier e a veterana Bier Hoff, e a recém inaugurada em Santa Catarina que fica em Jaraguá do Sul, a Konigs Bier que tive o prazer de visitar, veja aqui a visita que fiz, além de promover o encontro de pessoas com um mesmo ideal, a cultura cervejeira, o tour soma bastante ao conhecimento cervejeiro e demonstra as cervejarias que existem pessoas apaixonadas por um bom líquido produzido.
Abaixo a programação completa, com roteiro, valores e contatos do André.


ROTEIRO
15/03/08 – Sábado
09:00 – Saída da Praça Hercílio Luz (Blumenau)
09:45 – Visita a Cervejaria Zehn Bier (Brusque)
13:15 – Visita Cervejaria Bierland (Blumenau)
16:00 – Visita a Cervejaria Königs Bier (Jaraguá do Sul)
21:00 – Jantar na Cervejaria Bier Hoff (Curitiba)
23:00 – Retorno ao Hotel


16/03/08 – Domingo
09:00 – Mini City Tour (Curitiba)
11:00 – Visita a Cervejaria Gauden Bier (Curitiba)
17:00 – Visita a Cervejaria Das Bier (Gaspar)
19:00 – Visita a Cervejaria Wunderbier (Blumenau)
20:30 – Retorno

OBS: O roteiro pode sofrer alterações, sem aviso prévio.


Investimento:
R$ 130,00 por pessoa (para grupo até 17 pessoas)
R$ 120,00 por pessoa (para grupo acima de 17 pessoas)
* Pagamento: R$ 30,00 até o dia 03/03/08 e o saldo restante até o dia 10/03/08
* Para saída de Florianópolis, favor consultar.


O PACOTE INCLUI:
- Transporte em todo o roteiro;
- 1 diária em Hotel categoria turística (em quarto duplo/casal ou triplo) com café da manhã;
- Visita as Cervejarias mencionadas;
- Degustação nas cervejarias Zehn Bier, Königs Bier e Gauden Bier;
- 1 caneca de acrílico da Zehn Bier.

O PACOTE NÃO INCLUI:
- Refeições não mencionadas como incluídas;
- Extras de caráter pessoal no hotel, tais como lavanderia, bar, telefonemas, etc...;
- Consumação nas cervejarias.
- Qualquer serviço não mencionado como incluído.


INFORMAÇÕES E RESERVAS COM ANDRÉ:
E-mail: planinz@furb.br
andre.planinz@aicca.com.br
MSN: euodeiofanta@hotmail.com
Fones: (47) 3221-6006 (horário comercial)
(47) 9165-3262

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Samuel Adams Oktoberfestbier

Jim Koch fundou a Boston Beer Company, em 1984, pois ele acreditava que os americanos mereciam tomar uma cerveja melhor que as industrializadas produzidas. Hoje, conta com uma equipe de cerca de 350 pessoas, e todos compartilham da mesma visão, a paixão em produzir cervejas de qualidade, em produzir a Samuel Adams. O ótimo trabalho desenvolvido tem trazido muitos êxitos, a Boston Beer Company vem sendo citada como uma das melhores empresas para se trabalhar pela Boston Magazine, e o grande numero de estilos produzidos já trouxe muitos prêmios. Jim foi chamado de "Empreendedor do Ano" pela Inc. Magazine.
O trabalho desenvolvido com os colaboradores e outro destaque da cervejaria, uma empresa consolidada e que possui ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York sob o símbolo, SAM. Existindo inclusive um site para financeiras e acionistas o www.bostonbeer.com

Um importante entendimento de Jim Koch e de que a criatividade tanto individual, quanto coletiva permitiu a Samuel Adams manter-se a frente da concorrência. Não estando vinculado por modos tradicionais de pensamento ou análise. Dizia que a Samuel Adams tem que ter característica, sabor, e esse era o grande diferencial, não adiantava fazer o que as outras já estavam fazendo, e sempre há possibilidade para evoluir, fazer muito mais.

A primeira coisa que você nota quando coloca a Oktoberfestbier no copo é a cor. Samuel Adams Oktoberfest tem uma rica e profunda tonalidade cobre conjunto da mistura de cinco tipos de malte para criar um harmonioso equilíbrio entre o doce e o elegante amargor, resultado do lúpulo alemão Hallertau. Abaixo impressões

Cerveja: Samuel Adams
Apresentação: Garrafa 355ml.
Tipo: Oktoberfestbier
Álcool: 5.4%
Cor: Cobre, brilhante, limpa.
Espuma: Boa formação, queda lenta, duradoura, formou pequenas ilhas.
Aroma: Lúpulo, malte, caramelo.
Paladar: Médio corpo, lúpulo, malte, caramelo, sensação residual amarga equilibrada com doce residual do malte.
Comentário: Bela cor, características marcantes e dispensa mais apresentações, um ícone cervejeiro mundial, a Boston Beer foi quem inspirou a família Mendes a fundar a Eisenbahn que também esta ficando mundialmente conhecida, que tenhamos a mesma sorte de ter um ícone mundial.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Kit Dana Bier - Cecilia Lager


A Dana Bier surgiu de uma idéia que aliou dois pontos, fazer um produto que tenha um pouco de técnica e um pouco de arte. Começou em maio de 2006 quando o Engenheiro Agrônomo João Gonçales, outro apaixonado pelo nobre líquido, resolveu fabricar sua própria cerveja, fez muitas pesquisas, na internet descobriu os homebrews americanos, e adquiriu outros diversos livros sobre o assunto.
Primeiramente se deteve no entendimento do processo produtivo e equipamentos necessários. Depois foi adquirir o equipamento, inicialmente o mais rudimentar possível, onde ele pudesse aprender a prática de se fazer cerveja sem grandes investimentos.
No dia 27 de maio de 2006 foi feita a primeira batelada de cerveja. Daí não parou mais, e já no final de 2006 veio a decisão de transformar o hobby em algo mais sério. Foram adquiridos equipamentos mais sofisticados e feita à reforma de um local para instalar a microcervejaria com capacidade para 500 garrafas de 660 ml/mês.O nome Dana surgiu da junção de partes dos nomes dos dois filhos de João, o Daniel e a Ana Teresa.
Agora em 2008 foi inaugurada a loja da Dana com ótimas surpresas para o apreciador de boa cerveja.

Kit Fechado Dana Bier, possui alça para carregar como uma pequena maleta.

Terá uma variedade de cervejas com 150 rótulos das melhores e mais famosas cervejas do mundo e do Brasil, além claro da Dana Bier, a cerveja artesanal própria feita garrafa a garrafa, bem perto dali.
A loja também será distribuidora do chopp Bamberg, de Votorantin, serão comercializados os tipos: Pilsen, Pilsen Natural, Weiss, Munchen e Alt.
Além da loja a Dana teve ume bela surpresa nestes últimos meses, um kit que começou a ser desenhado em setembro quando o João recebeu um e-mail do Luis Pedro da Dana, uma empresa mundialmente conhecida que desenvolve e produz produtos automobilísticos.
O Luis Pedro tinha tomado a Dana Bier no Bar Anhanguera, gostou e achou a coincidência de nomes mais interessante ainda. Eles iriam comemorar 60 anos da empresa no Brasil e pediram uma produção especial de Dana Bier.


Kit aberto, diversos itens para uma harmoniosa degustação.

Foram caprichosos promovendo ótimos eventos servindo Dana Bier, e presentearam alguns colaboradores, cliente e parceiros com um Kit da Dana Bier, que contém copo, cinco bolachas, cartões falando sobre os estilos produzidos pela Dana, e um filme com uma apresentação de como é feita a cerveja Dana Bier.
Felicito o nobre João, pelo ótimo trabalho que vem fazendo e ao Luiz Pedro da Dana por ter dado este presente a nós apreciadores do nobre líquido, que a ótima parceria se firme, e sucesso para ambas as empresas, abaixo segue degustação da Cecília lager:

Cerveja: Dana Bier – Cecília Lager
Apresentação: Garrafa 660 ml.
Tipo: Lager
Álcool: 5%Cor: Dourado intenso, leve turbidez, brilhante.
Espuma: Boa formação, queda lenta, duradoura.
Aroma: Lúpulo, malte, leve doce.
Paladar: Médio corpo, lúpulo, notas de malte, sensação residual seca, adstringente.
Comentário: Bela apresentação, bonita cor e boa carbonatação, cerveja com características lupuladas, deixando um amargor pronunciado, particularmente um prato cheio para quem gosta.

Aonde:
Avenida dos Patos, 315 - loja
Aldeia da Serra - Barueri - SP
Tel.: (11) 4192-4422.
http://www.danabier.com.br/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Lust Prestige

A Lust é a terceira cerveja no mundo a ser produzida pelo processo conhecido como champenoise, as outras duas cervejas são a Deus e a Malheur ambas da Bélgica, sendo assim torna-se um produto muito exclusivo.



As únicas três cervejas produzidas no mundo pelo processo champenoise: Deus, Malheur e Lust.

A Lust começa a ser produzida em Blumenau e faz a primeira fermentação na fábrica da Eisenbahn, na Rua Bahia, feita com fermento belga de alta fermentação, sai limpa e dourada com 8,5% de álcool rumo à cidade de Rodeio distante 60 km de Blumenau, lá chega na vinícola San Michele, e passa pelo champenoise e por uma segunda fermentação, processo na qual é engarrafada com acréscimo de açúcar e fermento vinícola, esta cepa de fermanto é mais resistente ao alto teor alcoólico e a grande pressão que se forma nas garrafas durante o processo, e depois da maturação a cerveja será acondicionada em pupitres.



Garrafas de 1,5 lts. no pupitre passando pelo processo de "remuage".

Nos pupitres começara o remuage, que consiste em girar a garrafa 45 graus duas vezes por dia e ao final desta “rodada” a garrafa é literalmente socada de volta no pupitre afim que a borra (fermento) vá para a tampa, dia a dia inclinana-se cada vez mais a garrafa até que fique na posição de 90˚ou seja, literalmente de cabeça para baixo. A pressão nestes momentos é tão grande dentro das garrafas que algumas estouram, por isso as pessoas que trabalham dentro do cave usam óculos para proteger os olhos de cacos de vidro que possam vir a voar.



Garrafas passando pelo processo de cuvêe, ou seja maturando.


Durante a maturação, as garrafas ficam na posição horizontal, geralmente neste período a Lust demora três meses que é o período mínimo para se atingir o teor alcoólico de 11,5% e os sabores e aromas desejados e depois disto o fermento literalmente “morre”. A partir desta fase inicia-se outro processo, conhecido como autólise, aonde os sabores e aromas terciários da cerveja começam a ser desenvolvidos, e quanto mais tempo o líquido ficar neste processo mais sabor e aroma terá. Nesta parte do processo que a Lust Prestige se diferencia, a Lust "normal" fica de três a quatro meses neste processo, a Lust Prestige fica pelo menos um ano.


Os anfitriões Juliano Mendes da Eisenbahn, e Marcelo Sardagna da San Michele.


Depois de todos estes processos é só fazer o degórgement, aonde em uma solução química se congela o bico da garrafa expelindo a borra depositada ali, tira-se esta parte congelada, ficando o restante líquido, e coloca-se daí a rolha de cortiça, a gaiola de arame e rótulos.




A Lust Prestige possui aroma frutado fino e equilibrado, a espuma apresenta-se de forma abundante e permanente, o perlage numeroso com bolhas mínimas forma linhas finas e consistentes, sua cor difere da Lust “normal”, pois é de dourado mais pronunciado, intenso e cristalino, no paladar notas mais amadurecidas de frutas, sensação mais seca, e quase despercebido seus 11,5% de álcool, particularmente a melhor cerveja que a Eisenbahn já produziu.


Mais informações:
http://www.eisenbahnlust.com.br/

http://www.sanmichele.ind.br/

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Bush Ambrée

A Cervejaria Dubuisson é uma empresa gerida por Vincent e Hugues Dubuisson, a oitava geração da família que controla os negócios da cervejaria. Em 1996 a produção atingiu 1,8 milhões de litros, Amber Bush, Bush 7% e Bush de Noël eram os estilos produzidos.


Catorze por cento foram exportados principalmente para a França, Suíça, Espanha, Holanda, Itália, Japão, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos. Hoje, a cervejaria também exporta para a Grécia, Portugal, África do Sul, e Rússia, porém existe a informação no site da cervejaria que o Brasil também está na lista de importadores, entretanto é uma informação antiga e por enquanto só na mala de amigos é possível vê-la por aqui. As suas atividades no EUA levaram o Dubuisson, juntamente com outras duas cervejarias belgas, em criar uma típica cervejaria belga, chamada Ommegang, que fica no Estado de Nova Iorque.


Hoje, a Cervejaria Dubuisson produz quatro cervejas de alta qualidade: Bush Ambrée (12%), Bush Blond (10,5%), Bush 7% e Bush de Noel. Estes quatro exemplares da Bush são de alta fermentação. Nenhum aditivo é utilizado no processo de produção. Os quatro estilos são filtrados, em outras palavras, para além de Bush Noël vendida em garrafas Magnum (1,5 litros), não há mais fermentação na garrafa.


Por razões de exportação a marca Bush, as cervejas são muitas vezes chamadas Scaldis, devido à americana Anheuser-Busch.


As cervejas Bush não são pasteurizadas. Para manter a preservação, a cerveja deve ser armazenada em condições adequadas: fora do alcance de luz e temperatura baixa. As cervejas Bush podem ser armazenadas durante ou pelo menos um ano. Todos os estilos são produzidos com malte, água, lúpulo, açúcar e fermento especial da cervejaria.


A Bush Ambrée que tive o prazer de degustar, graças à visita do ilustre Edu Passarelli, foi criada em 1933 por Alfred Dubuisson, Avô de Hugues Duboisson, atual sócio-proprietário da cervejaria. Seu antigo nome era "Bush 12%", mas hoje é conhecido como Bush Ambrée uma das mais fortes cervejas belgas, tem um teor alcoólico de 12%. Abaixo impressões.


Cerveja: Bush Ambrée
Apresentação: Long Neck 250ml.
Tipo: Belgian Strong Ale
Alcool: 12%
Cor: Alaranjada, âmbar, leve turbidez.
Espuma: Boa formação e muito duradoura.
Aroma: Complexo, malte, álcool, frutado, doce.
Paladar: Malte, frutado, quente, álcool, médio a alto corpo, sensação residual equilibrada entre amargor, álcool e adocicado.
Comentário: Excelente cerveja, há algum tempo pesquisei bastante sobre ela, complexa, potente, uma cerveja quente, e bastante prazerosa para se degustar com moderação, por isso sua embalagem nos presenteia com apenas 250ml.

Fuller's 1845

Baseada na histórica Griffin Brewery, em Chiswick, entre a serenidade do Rio Tamisa e do Hustle está a Cervejaria Fuller's que vêm produzindo cervejas de qualidade e mantendo excelentes pubs no Reino Unido desde 1845. A considerada gama de ales já ganhou brilhantes prêmios no Reino Unido e em outros países.

Em 1995, para comemorar o 150º aniversário da Fuller Smith & Turner, a Cervejria pensou em uma cerveja especial para comemorar, uma Bitter “Conditioned Ale” ou uma “ale engarrafada”. O resultado foi a “1845”. O mais honroso início a cerveja não poderia ter tido, a primeira “batelada” da 1845 teve como coadjuvante em sua preparação o Príncipe de Gales que adicionou o lúpulo a fervura, durante uma visita a Fuller's.

Desde a sua introdução, 1845 tornou-se um dos produtos favoritos da Fuller’s, com ricos e complexos sabores, ajudou a cervejaria a ganhar inúmeros prêmios ao redor do mundo, incluindo ser a campeã do CAMRA Champion Bottle Conditioned Beer no Reino Unido.

Bottle Conditioned é uma arte exigente; conhecimentos e habilidades são necessários em todas as fases do processo. Um minúsculo resíduo de levedura é permitido a fermentar na garrafa, o desenvolvimento de características e profundidade de sabor ao longo do tempo é a grande sacada da 1845. Para garantir que esta magnífica “Ale” atinja a perfeição, ela fica por pelo menos, 100 dias antes de serem liberadas para venda. Durante este tempo os ricos aromas característicos da cerveja são reforçados. Pude conferir isto, abaixo impressões.

Cerveja: Fuller’s
Tipo: Conditioned Ale (Bitter)
Apresentação: Garrafa 500ml.
Álcool: 6,3%
Cor: Cobre avermelhada, brilhante.
Espuma: Boa Formação, média duração.
Aroma: Malte, caramelo, lúpulo.
Paladar: Malte, médio corpo, caramelo, amargor pronunciado, sensação residual seca e caramelizada (Doce).
Comentário: Cerveja bem equilibrada, uma característica das cervejas britânicas é a baixa carbonatação, este exemplar ao contrário tinha boa carbonatação, sensação adocicada de malte equilibrada com o típico amargor das bitter’s inglesas, ótima pedida, obrigado Edu.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Cervejarte Rainha Vermelha


Segundo a classificação de estilos do BJCP 2004, a Irish Red Ale é uma cerveja ale fácil de se beber, puxada para o malte, com uma certa doçura inicial e um tostado seco no final. Uma característica comum é um certo diacetil contribuindo para uma boa cremosidade na cerveja.

O nome Rainha Vermelha vem do episódio “A Corrida da Rainha Vermelha” (”Red Queens’ race”), que aparece no conto “Alice no país do espelho” (”Through the Looking-Glass”), de Lewis Carrol (matemático(!) e escritor inglês com uma certa ascendência irlandesa). Tive a oportunidade de provar e me deliciar com este maravilhoso néctar, de um importante homebrew Brasileiro, o Ricardo Rosa, segue abaixo a degustação:

Cerveja: Cervejarte
Tipo: Irish red Ale
Apresentação: Long Neck 355ml.
Álcool: 5%
Cor: Vermelho, brilhante, baixa turbidez
Espuma: Boa formação, queda lenta, duradoura.
Aroma: Malte, notas torradas, lúpulo.
Paladar: Bom corpo, leve alcool, notas doces, sensação residual equilibrado antre amargor e torrado.
Comentário: Uma bela cerveja, características marcantes e equilibradas, ótimo corpo, e bonita cor, o Ricardo Rosa dispensa comentários, é um dos Homebrews com maior singularidade em suas produções, esta cerveja não fica de fora.



Mais informações e referência:

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Königs Bier


Jaraguá do Sul, grande pólo industrial no norte de Santa Catarina, cidade que teve no ano de 1897 uma famosa cervejaria em funcionamento, a Bockbier, e além da Bockbier de propriedade de Isidoro Pedri, houve outras sete cervejarias na região, incluindo a cidade de Corupa, ao lado de Jaraguá do Sul, que foi onde o Sr. Otto Löeffler iniciou a produção de cerveja, e que depois a transferiu para Canoinhas, a Cervejaria Canoinhense, até hoje em funcionamento, é a mais antiga cervejaria do Brasil ainda administrada pela mesma família.


Tanques de fermentação e maturação da fabrica.

Houve outras produções como a de Georg Stüber de 1910 a 1913, Wehnöfer engenheiro alemão que produziu de 1922 a 1930, e também Heinrich Meyer que fabricou de 1926 a 1930 a Ingwerbier que era um chopp que levava gengibre na receita.

Prédio que abriga a Micro cervejaria

É fato que a história cervejeira da região era farta e diversificada, além disso, a grande concentração de cervejarias que está acontecendo em Santa Catarina impulsionou Ivan Torres e Dennis Torres, pai e filho, a quatro anos de pesquisas, consultando mestres cervejeiros em visitas ao velho mundo, e Estados Unidos, foram também consultados profissionais no Brasil, para daí então implantar e fundar a Probier Cervejaria, que fabrica a o chopp Königs.



Eu e os anteciosos Ivan Torres e Dennis Torres.



Königs Bier significa “cerveja do rei”, o nome é uma homenagem aos reis do tiro, e as Sociedades de caça e tiro que preservam a cultura alemã nesta região de Santa Catarina, os clubes de caça e tiro surgiram pois muitos alemães acostumados ao manejo de armas de fogo perante a convivência e o confronto com índios e animais selvagens, optaram por formar uma sociedade de tiro, herança trazida da Alemanha. Aos domingos e feriados eram comuns as disputas de tiro, que por serem praticadas ao ar livre representavam um perigo para a vizinhança. Após a doação de áreas específicas para a prática de tiro, em 1862 foram enviados para o Governo da Província os estatutos do “clube”, a fim de serem aprovados. No ano de 1863, o Presidente da Província aprovou os estatutos.


A brincadeira do "slogan" sobre a colonização da região e suas virtudes, os dois copos lembram duas pernas.


Os acontecimentos mais esperados realizados nas sedes dos clubes era os Schützenfest, a Festa do Rei. Realizadas uma vez ao ano, geralmente no mês de maio, essas festas duravam três dias. O primeiro dia era reservado ao festejo religioso, o segundo dia era de competições de tiro. Os atiradores, empunhando armas, reuniam-se para dar início ao desfile e seguir conforme a programação. Neste dia valiam os prêmios de "rei do alvo" e "rei do pássaro".No terceiro dia, após a conclusão do "tiro ao pássaro" e a devolução da bandeira da Sociedade, era dado o desfecho da festa com grande baile social, proclamação dos vencedores do tiro de "rei do alvo" e "rei do pássaro" e os respectivos "cavalheiros" que eram os classificados em segundo e terceiro lugar com melhor tiro.No colete dos atiradores ficam as medalhas que representam o número de conquistas e títulos.
A Königs tem capacidade inicial de 8.000lts/mês, inicialmente produz o chopp tipo Pilsen, que possui uma caracetrística interessante e que valorizou o visual da bebida, a cor dourada intensa que lembra o ouro da coroa de um rei, marca da cervejaria. O chopp Königs está sendo vendido inicialmente em alguns estabelecimentos em Jaraguá do Sul, e pode ser encomendado na fábrica para festas e eventos, está no projeto montar um bar de fábrica em breve, neste ano o objetivo é firmar a marca no mercado e aumentar os pontos de venda, fomos recebidos gentilmente pelo Dennis e pelo Ivan, agradeço a simpatia e o ótimo bate papo, acompanhados da ótima cerveja produzida, abaixo impressões.

Cerveja: Königs
Tipo: Pilsen
Apresentação: Chopp
Álcool: 4,5%
Cor: Dourado intenso, brilhante, baixa turbidez.
Espuma: Boa formação, duradoura, cremosa.
Aroma: Floral de lúpulo, malte.
Paladar: Notas bem definidas de malte, lúpulo, bom corpo, sensação residual adstringente.
Comentário: Uma bela surpresa, ótima cerveja, com características marcantes, presença notável de lúpulo e um bom corpo. Almejo para que a receita permaneça sem alterações.

Aonde:
(47) 3370-5544
konigs@konigsbier.com.br
http://www.konigsbier.com.br/ (em construção)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

La Trappe Witte

Desde o século XIX os monges cistercienses da abadia de Notre-Dame de la Trappe fabricam as impecáveis cervejas La Trappe, hoje a Bierbrouwerij de Koningshoeven localizada na Holanda fabrica seis estilos, e seguindo o post anterior, degustei a Witbier feita no monastério, segue impressões.



Cerveja: La Trappe
Tipo: Witbier
Apresentação: Long Neck 330ml.
Alcool: 5,5%
Cor: Dourada intenso, leve turbidez.
Espuma: Boa formação, duradoura
Aroma: Floral, notas cítricas, ligeiramente doce.
Paladar: Notas doces, carbonatada, considerável acidez, médio corpo, sensação residual agradavelmente adstringente.
Comentário: Cerveja de presença marcante, pelo seu contexto e pelas características encontradas, características diferentes dos outros exemplos de Witbier degustados anteriormente.