sexta-feira, 27 de julho de 2007

Eisenbahn 5























Tirem as crianças da sala, parem as máquinas...
É com grande alegria que o oBIERcevando comenta e degusta a nova cerveja da Eisenbahn, trata-se de nada mais nada menos que uma cerveja tipo Vienna intitulada 5, devido ao 5º de aniversário da cervejaria, o estilo Vienna vem em um ritimo de extinção, pois existem poucas cervejarias no mundo produzindo este estilo originário da Aústria, dois exemplos mais destacados pela qualidade e adequação ao estilo é a Negra Modelo, mexicana, e a Boston Larger, da Samuel Adams, americana.

E não poderia ser diferente com a Eisenbahn em inovar, no preparo a cerveja passa por um "dry hopped", ou seja, além de receber o lúpulo na brassagem, é colocado mais lúpulo na maturação, deixando ela com caractérísticas bem peculiares, e uma notícia talvez não muito boa, é que pelo fato de ser uma produção limitada, primeiramente ela só vai ser comercializada no aniversário da Eisenbahn, que acontece neste sábado ( 28/07/2007), fica ai a torcida por mais este estilo ser produzido direto, ou se não sazonalmente.



Cerveja: Eisenbahn 5
Tipo: Vienna
Alcool: 5,4%
Apresentação: Long Neck 355ml.
Cor: Cobre
Espuma: Boa formação e muito duradoura
Aroma: Lúpulo, lúpulo e lúpulo além de notas cítricas.
Paladar: O doce residual do malte vem na frente, carregando na sequência uma porrada de amargor, proveniente dos 4 tipos de lúpulo utilizados.

Comentário: A Eisenbahn, mais um vez surpreende ao trazer mais uma cerveja que você ou vai amar ou deixa-la logo de cara, com alto amargor é um cerveja maravilhosa, o aroma do lúpulo é muito notável, fica uma sensação adstringente na boca por um tempo depois de toma-la, o mais interessante é que na hora que você "arrota", sente-se ainda mais o gosto do lúpulo, com certeza mais uma cerveja para dar o que falar.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pequenos Artesãos.

Na busca constante por novos aromas, novos sabores, novas experiências, a cerveja nos proporciona além de um aprendizado muito interessante sobre a história da humanidade, trás junto novas amizades, com ilustres amigos que também almejam muito por uma cultura cervejeira forte e conscistente no Brasil, com isso suas contribuições são inúmeras, e podemos provar algumas delas.
A Botto Bier, como já disse em alguns posts atrás, vem de uma paixão do ilustre Leonardo Botto, que na sua incansável busca pelo aprendizado, vem "criando" belas cervejas, desta vez pude degustar sua defumada, a Feiticeira III.
A LandBrauer aqui de Blumenau, nasceu da paixão do nobre Fabio que em breve estará a frente de novos projetos aqui na cidade, no passado ele ajudou a engarrafar as produções feitas pelo seu avó, logo o amor pelo nobre líquido brotou, em uma viagem a Alemanha, trouxe fermento e começou a fazer em casa, e de lá para cá nunca mais parou, ele ainda produz um equipamento, com uma panela de brassagem de 60 litros, e com outra panela para filtrar o bagaço. Logo uma entrevista com ele.
A Cidade Imperial produzida pela Imperial Beer, Cervejaria de Petrópolis que pertence à "monarquia brasilieira", ou seja, o dono é o Francisco Orleans e Bragança, descendente direto de D.Pedro, ele é bisneto da Princesa Isabel. O principal mestre-cervejeiro da Imperial ( são 2, sendo que o 2º é "importado" da Alemanha ) é o mestre Farinha que foi por mais de 40 anos mestre-cervejeiro da Antarctica, responsável pela Bohemia, etc.




Cerveja: Botto Bier
Tipo: Smoked Amber Larger
Apresentação: Garrafa 500 ml.
Alcool: 6,7%
Cor: Avermelhada, opaca.
Espuma: Boa formação, e duradoura.
Aroma: Lúpulo, defumado.
Paladar: Ótimo corpo, malte, notas defumadas, lúpulo ao final.

Comentário: elaborada em 16/01/2007 e engarrafada em 04/03/2007 com adição de primming para 2º fermentação na garrafa. Foi campeã do 1º Concurso Nacional de Cerveja Artesanal, categoria estilo livre, realizado pela ACERVA Carioca, precisa falar mais alguma coisa?




Cerveja: LandBrauer
Tipo: Helles Larger
Apresentação: Garrafa 500 ml.
Alcool: Entre 4,5% a 5%
Cor: Dourada pálida.
Espuma: Boa formação, na oportunidade tomei on tap, ela estava muito cremosa, formando a "rede" no copo, na garrafa diminuiu um pouco a duração, mas ficava um pouco no copo.
Aroma: Leve frutado, malte, e ao fundo notas lúpuladas.

Paladar: Encorpada, leve lúpulo, ela sofre uma pequena oxidação para lhe conferir uma característica levemente oxidada, que não a deixa ruim, afinal para quem não sabe a Pilsen Urquell passa por este processo.



Cerveja: Cidade Imperial
Tipo: Pilsen
Apresentação: Long Neck 355 ml.
Alcool: 4,5%
Cor: Dourado pálido, com leve sedimentação.
Espuma: Média formação, e duradoura.
Aroma: Malte e notas florais de lúpulo.
Paladar: Bom corpo, malte, notas lúpuladas, bom equilibrio de malte e amargor.
Comentário: Uma Pilsen digna da realeza, não é "abrasileirada" tem sua característica presente, vale a pena conseguir, e detalhe é a "gravata" do pescoço da Long Neck, que achei muito original



quinta-feira, 19 de julho de 2007

Chopp Engarrafado Zehn Bier


A Cervejaria Zehn Bier, fica localizada na cidade de Brusque, região do vale do Itajai, e cerca de dois anos está engarrafando em embalagens de 600ml, seus dois estilos de cerveja, o Pilsen e o Porter, porém é engarrafado o "chopp" que não sofre pasteurização, tendo que ficar acondicionado em geladeira.

Recentemente começou a usar Long Neck no engarrafamento e há rumores que estão sendo feitos testes para pasteurização, boa notícia, pois dai se torna viável o envio a outras partes do país. Degustei a Pilsen, seguem as impressões



Cerveja: Zehn Bier

Estilo: Pilsen

Apresentação: Long Neck 355ml.

Alcool: 4,6%

Cor: Dourado palido, turvo

Espuma: Média formação e duradoura.

Aroma: Malte, pão, notas lupuladas.

Paladar: Médio a baixo amargor, ligeira ( corpo leve ), malte.

Comentário: A Pilsen da Zehn realmente é um bom chopp, leve, bem produzido, com características próprias, esperamos que em breve esteja espalhado por outras cidades do Brasil, vale a pena conferir.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Stella Argentina x Stella Brasileira

Em mais uma das cervejas Argentinas que estou desbravando, desta vez produzida em maior escala, a Stella Artois, produzida na fábrica da Quilmes. Para isso fiz questão de comparar com a Stella produzida aqui no Brasil, ambas produzidas pela Inbev.


Cerveja: Stella Artois ( Produzida no Brasil )
Apresentação: Long Neck 275 ml.
Tipo Pilsen
Alcool: 5,2%
Espuma: Média formação, média duração.
Cor: Dourado brilhante.
Aroma: Bem leve, pouco de lúpulo, e poucas notas de malte.
Paladar: Ligeira, pouco amargor ( mais que as tradicionais ), baixo corpo.



Cerveja: Stella Artois ( Produzida na Argentina )
Apresentação: Long Neck 330 ml.
Tipo Pilsen
Alcool: 5,2%
Espuma: Média formação, boa duração.
Cor: Dourado brilhante.
Aroma: Notas lupuladas intensas, malte, pão.
Paladar: Médio corpo, bom amargor e notas maltadas.



Comentário: Se o futebol argentino não anda representando bem contra o Brasil, algumas cervejas argentinas estão muito bem cotadas, como já comentei a Argentina está com uma forte cultura cervejeira, apesar de ter o mercado dominado pelas macro cervejarias, mas enfim, a Stella produzida por lá, mantém muito as caracaterísticas orginais belgas, muito mais do que a produzida por aqui, um detalhe que na versão argentina não temos o antioxidante 516, utilizado na brasileira, e além do mais o amargor mais pronunciado, a presença de malte no aroma e no paladar, além garrafa adaptada a 330ml, deixa a hermana com vantagem, só faltou uma belga mesmo para tirar a prova.

sábado, 14 de julho de 2007

Glück Hairy Porter


Tive o imenso prazer de conhecer pessoalmente dois dos pais desta cerveja o Diego e o José Augusto que a muito tempo tinha contato e na Brasil Brau estiveram presentes, temos também o Daniel que faz parte do grupo que fez a cerveja.



É uma Hairy Porter, que de começo conquistando o primeiro lugar do concurso BH HOME BIER - Mostra de Cervejas Artesanais de Belo Horizonte como melhor cerveja na escolha dos jurados, trata-se de uma porter com baunilha, de excelente cor e paladar.



Parabéns aos campeões e que desta panela saia muitas cervejas. Segue impressões



Cerveja: Glück Bier

Tipo: Hairy Porter

Alccol: 4,8%

Cor: Bem escura, preta.

Espuma: Boa formação e boa duração, ficou na parede do copo.

Paladar: Primeiro o torrado bem presente, uma leve doçura, e no final um amargor acentuado.

Comentário: Merecido título, uma cerveja bem feita, só com um amargor muito pronunciado no final, mas como quase não gosto de lúpulo isso não tem nada, porém para o estilo foge um pouco, mas com certeza isso é um pequeno detalhe escondido dentro de sua magnitude, parabéns aos nobres colegas e muito sucesso a Glück e que venham os próximos concursos.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Desculpem a demora, mas ainda estou vivo sim, e com sede....

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Inverno - Queijos e Cervejas.




As cervejas especiais estão cada vez mais presentes no menu brasileiro, e com a chegada do inverno, se percebe grandes mercados fazendo sua "Adega de queijos e vinhos", entretanto as cervejas especiais, diga-se produzida em pequenas escalas e com qualidade, estão infinatamente aptas a "casar" com os diversos queijos existentes no mundo, e por que?

Nas cervejas, encontramos diversos aromas e sabores presentes nos queijos. A carbonatação estimula as papilas gustativas acentuando os complexos sabores existentes no queijo. E o queijo por ser gorduroso deixa um camada na boca revestindo-a, e a carbontação consegue "limpar" esta gordura, deixando a boca "limpa", e colocando harmonia entre os sabores presentes, tanto da bebida, quanto do queijo.

E muito tempo o pão é um dos melhores alimentos para se harmonizar com queijo, e assim como a cerveja, o pão é feito a partir de cereais, e como a cerveja é também conhecida como "pão líquido" há facilidade na harmonização de cervejas com queijos.

Na Segunda-Feira, a Eisenbahn promoveu uma degustação de Cervejas e Queijos, com produtos de excelente qualidade e todos nacionais, a maioria dos queijos utilizados na degustação, também são de pequenos produtores, que cansados da pouca variedade e a grande industrialização da maioria dos queijos nacionais, resolveram trazer de volta arte de fazer queijos artesanalmente, e assim como a cerveja tem o mestre cervejeiro, o queijo tem o seu mestre queijeiro, que precisa de muito conhecimento e técnica para produzir os variados estilos de queijos existentes, com isso já é possivel encontrar uma grande variedade de queijos com qualidade, personalidade e sabores diversos e todos produzidos por pequenas empresas no Brasil.



Para começar os trabalho foram degustados uma kölsch com os queijos: Chèvre a l’huile e Bouchette

Chèvre a l'huile de origem Francesa (Provence), queijo de leite de cabra, pastoso, ótimo com pães e torradas, temperado com azeite e ervas, gosto ácido. O Bouchette também de origem Francesa não é tão pastoso quanto o Chèvre, porém a kölsch quando degustada após um pedaço de cada dos dois tipos de queijo vinha discretamente se envolvendo com os queijos, os tons bem maltados da cerveja, equilibraram perfeitamente com o estilo escolhido, as papilas ficavam
prontas para outro pedaço.

Em seguinda tivemos a Weizenbier com os queijos Brie e Camembert.



O Brie de origem francesa (Île de France), produzido do leite de vaca, massa mole, cremoso, coberto por mofo branco, aroma que lembra amônia. O Camembert também de origem francesa (Normandia), de leite de vaca, de massa mole, aroma amoniacal.

Com o Brie de forte aroma em sua casca de amônia deixou a weizenbier completa-lo pelas características frutadas da cerveja, com o Camembert mais suave, a cerveja se mantém na boca, percebendo o queijo ao final, produzindo um belo equilíbrio.



Após tivemos a Strong Ale com os queijos Gruyère e Gorgonzola

O Gruyère de origem suíça, de massa semi-dura, com olhaduras redondas e espelhadas, possui sabor adocicado, já o Gorgonzola originário do norte da Itália, é produzido com leite de vaca (o tradicional, com leite cru e a versão mais moderna, com leite pasteurizado) e apresenta um alto teor de gordura. A textura interna tem veios de mofo que vão do cinza ao azul, obtidos pela presença da penicillium gorgonzola (ou glaucum).

A Strong e o Gruyère pareciam únicos, a harmonização por semelhança destes dois foi incrível, pelo grau de sabores e aromas semelhantes, ambos levemente adocicados, foi uma das melhores harmonizações. Com o Gorgonzola a Strong já teve uma harmonização por contrastes, pois o Gorgonzola com seu alto teor de gordura, tinha a strong com o seu alto teor alcoólico "limpar" as papilas. e paladar "salgado" do queijo contrastava com o adocicado da Strong, mas nenhum se sobressaiu sobre o outro e ambos possuem forte personalidade.



A Weizenbock com o Reblochon



O Reblochon é originário da França, região de Savoie Rhône-Alpes, de leite de vaca, o leite é da segunda ordenha (mais gordo e substancioso), desenvolve mofo branco e azul na casca, o queijo é lavado duas vezes por semana em salmoura.
Nesta degustação, apelidamos de harmonização "casal", pois no ínicio temos um briga de sabores e aromas do queijo com a cerveja, e no final percebe-se que um nasceu para o outro, uma harmonização bem complexa e com um final feliz.



E para fechar com chave de ouro a Lust com Pont l’evèque e o Grana Padano.



O Pont l’evèque originário da França, da região de Normandia, é produzido a partir do leite de vaca com elevado teor de gordura e proteínas, de massa mole, adocicado quando fresco, de sabor muito intenso e forte após 3 ou 4 semanas. Pode desenvolver mofo branco e azul na casca.
Já o Grana Padano também produzido a partir do leite de vaca, possui cristalização do sal, o que o deixa granulado. Aroma doce e frutado. É originario da Itália e necessita de longa maturação é bastante salgado.

A Lust com o Grana Padano foi muito interessante pois o salgado anulou o adocicado da Lust, deixando claro outos sabores presentes na cerveja, como o alcool por exemplo, e com o Pont l'evèque a Lust harmonizou perfeitamente por semelhança por ambos possuirem caracaterísticas frutadas.


O resultado foi muito aprendizado, e como a cerveja realmente está para o queijo, e como disse no ínicio os pequenos produtores tanto de cerveja, quanto de queijo estão mostrando o verdadeiro sabor destes preciosos alimentos, afinal a cerveja também alimenta, não é o pão líquido? Segue alguns links de pequenos produtores destes queijos.

Capricoop: http://www.capricoop.com.br/

Witmarsum: http://www.cooperativawitmarsum.com.br/